Série Clube dos Magnatas - Cinthia Basso

Nem um absorvente interno mal colocado me incomodaria tanto quanto Aslan Gürsoy.
Com essa frase, fica registrada aqui a minha raiva desse turco maldito! Um desgraçado egoísta!
Quase fui atropelada, tive a mala roubada e aqui estou eu, vivendo de favor com um dos empresários mais bem-sucedidos do mundo, um magnata babaca e egocêntrico que se preocupa mais com os seus móveis do que comigo. Se meu desgosto não fosse o bastante, seu serviço de proteção à testemunha é péssimo! Ele não me serviu sequer um café antes de me empurrar pra fora e me fazer viver as piores horas da minha vida.
Para uma garota texana de vinte e sete anos, cujo único objetivo é aproveitar, isso não parece um problema, mas de que maneira vou ficar sob o mesmo teto de alguém que me encara como se eu tivesse três cabeças, exalasse um fedor insuportável e tivesse as piores ideias possíveis? Lutando bravamente contra a vontade de esganá-lo, é claro. O que seria fácil, se na profunda antipatia que sentimos um pelo outro, algo mais não espreitasse entre as rachaduras do meu coração endurecido e tornasse caminhos absurdos, hipóteses aceitáveis.
O ministério da comédia romântica adverte: em caso de gargalhada intensa, faça uma pausa pra respirar e conte até três. Mas, se seu coração ficar quentinho por alguma cena, suspire e aproveite o momento, ele costuma ser inesquecível.

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Meta:
Resistir ao nerd gostoso.
Obstáculo: Ele ser um nerd gostoso.

Aquele idiota pensa que é quem pra surgir do nada, querendo uma segunda chance?! Um filho da p*$#, no mínimo!
Já se passaram vinte anos e agora é fácil voltar e exigir algo que não se deu ao trabalho antes.
No passado, quando Arthur Silva foi embora de Acácia, pegou meu coração e levou com ele. Sendo que em alguma parte do caminho, pensei tê-lo recuperado, só pensei... até me deparar com a sua figura, e notar que não.
Coitada de mim, nota dó.
Fato é que quando fiz minha escolha e o deixei partir, pensei que não precisaria mais lidar com a sua presença e o sentimento intrínseco que ele invoca. Com trinta e oito anos, eu, Jasmin H. Ferreira, ainda consigo ser ingênua, uma palhaçada! Mas tanto faz, só preciso garantir que Arthur não conquiste o que deseja, e neste caso, o que o magnata quer, sou eu.

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